O isabelismo foi o movimento de sustentação ao Terceiro Reinado isabelino, em franca oposição ao republicanismo que enxovalhava a herdeira de D. Pedro II e o marido dela, D. Gastão, o “Conde d´Eu”, que na verdade era um príncipe de Bourbon-Orleans nascido na França em 1842, sob o reinado de seu avô, o Rei Louis-Philippe I dos Franceses, deposto seis anos depois.
Os isabelistas não foram, como se imagina, um punhado de “negros enfeitiçados” ou “áulicos”, como Ruy Barbosa, por exemplo, os caracterizou. E nem foram somente antigos escravizados; os isabelistas foram homens e mulheres que tentaram preparar e organizar o Império do Brasil no Pós-Abolição, mas que foram baldados. Nem por isso sua memória deve permanecer na escuridão.
Importante salientar que o isabelismo não finou-se com a morte de D. Isabel em 1921. Herdeiros desse movimento continuaram a atuar política, social e eclesialmente, como na Frente Negra Brasileira, na Cruzada Tradicionalista Brasileira, na Ação Imperial Patrianovista Brasileira, nas irmandades católicas afro-brasileiras e em diversas outras organizações.
Para saber um pouco mais, acesse aqui o texto “Negros, mulheres, pobres, ricos, letrados ou não: uma perspectiva histórica do isabelismo no Brasil”, publicado no número 63 dos “Cadernos Aslegis”, periódico acadêmico da Associação dos Consultores Legislativos da Câmara dos Deputados, no segundo semestre de 2022.